segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pirassununga = cãimbras de novo!

Mais uma prova de Pirassununga realizada, e mais uma vez as cãimbras atacaram com tudo.
Apesar disso, foi um fim de semana muito bacana, o pessoal da RACE compareceu com um espírito muito legal e deu para darmos boas risadas antes e após.
O dia estava bem quente, com poucas nuvens no céu. Mas ventou bastante no ciclismo, e isso atrapalhou demais.
Natação: Saí de novo lá pelo lado direito, para tentar evitar a pancadaria. Não deu, nos primeiros 200 metros apanhei muito, bati pouco, e foi difícil encaixar um ritmo. Só depois de uns 4 ou 5 minutos achei um "pé" e fui até a primeira boia, quando voltou a pancadaria. Na volta da primeira bóia, já deu para nadar mais confortável.
Quando cheguei em terra firma para a primeira volta, vi no cronômetro 15 minutos cravados. Impossível, pois estava nadando num ritmo no mínimo 1min/100m mais lento. Já sabia que o percurso era menor, mas por via das dúvidas diminuí um pouco o ritmo.
Terminei com 32 minutos os "1900" metros, totalmente tranquilo e descansado.
T1: Optei por correr com a roupa de ciclismo. Como resultado, fiquei 6 minutos na T1, enquanto todo mundo perdeu no máximo 2 minutos lá. Foi muito tempo para colocar a camisa (molhado, ela enrolava), luvas (coloquei ao contrário), meia (depois de limpar o pé sujo de terra e grama), calçar sapatilha, etc. Preciso melhorar a transiçao.
Bike: Saí para correr me sentindo bem, forte. Fiz a primeira volta em 41 minuots (22,5km), isso projetaria um tempo final de 2h45min mais ou menos. Mesmo assim, esse ritmo era lento para ser passado por todo mundo. Pior, começou a ventar e minha velocidade caiu mais ainda. O flight deck detonou numa pequena lombada no início da segunda volta, e não tinha mais controle de velocidade ou cadência.
No km 60, comecei a sentir cãimbras. Qualquer movimento diferente, elas atacavam. Tentei ficar de pé na bike, e quase caí de tanta dor. Quando eu ia para o clip, a perna detonava também, depois de uns 20 segundos. Só dava para subir sentado, nunca de pé.
Em determinada posição, dava para pedalar só sentindo a perna, mas sem a cãimbra. Fui assim até o fim, com a velocidade caindo, mas acho que deu para manter, no final, 30km/h de média.
T2: Fiz uma transição bem rápida, pois foi só calçar o tênis, pegar mais gels e sair correndo. Não perdi mais de 2 minutos lá.
Corrida: Ao sair para correr, a grande dúvida era se as cãimbras viriam, como no ano passado, ou não. A dúvida se encerrou depois de 300 metros. Elas vieram. Com tudo. Fiquei desesperado, já tinha tomado as cápsulas de sal que o Betão me arrumou. Comi um saco inteiro de castanhas de caju e fui trotando lentamento, a uns 7min/km. Prometi para mim mesmo que as cãimbras iriam embora e trotaria até o fim. Fui nesse ritmo lento, debaixo de sol escaldante, com MUITA dor em ambas as pernas, das cãimbras, no mesmo músculo acima do joelho, até os 12km mais ou menos. Numa subida, dei a primeira caminhada, mas andar doía mais do que correr. Voltei a trotar e fui assim até o km 16, quando a dor apertou e tentei andar meio de lado. Mas a dor era muito forte, e descobri que correndo, mancando com a perna direito, era a maneira de tornar ao menos suportável qualquer movimento com a perna. Fui assim até o final, sofrendo demais, destruindo minhas pernas. Fechei a meia maratona em 2h28minutos, totalmente descansado porque não corri, mas com as pernas em frangalhos.
Meu tempo final foi 6h08minutos, igual ao ano passado. Treinei menos, mas esperava ao menos completar correndo. Não foi dessa vez, preciso investigar o que está acontecendo, por que tenho tantas cãimbras no mesmo lugar, em provas que exigem um esforço mais prolongado na bike.
De qualquer forma, a prova foi divertidíssima, e ano que vem estarei lá novamente!

0 comentários: